No Congresso em que comemora seus 70 anos, a União Nacional dos Estudantes elegeu pela quarta vez na sua história uma mulher para presidir a entidade. A gaúcha Lúcia Stumpf, de 25 anos, gremista fanática, estudante de jornalismo e ciências sociais, estará à frente de uma das mais importantes e tradicionais organizações da sociedade civil brasileira. A partir desse domingo (8), ela passou a figurar entre o seleto grupo dos que chegaram à presidência da UNE, nomes peso-pesado como José Serra, Aldo Arantes, Aldo Rebelo, Lindberg Farias e Orlando Silva Jr.
Sua chapa, eleita com mais de 70% dos votos, obteve amplo apoio das forças políticas que disputam o movimento estudantil, com o compromisso de aprofundar a pressão para que o governo cumpra seus compromissos de campanha. O 50º Congresso da UNE aconteceu em Brasília, entre os dias 4 e 8 de julho, e reuniu cerca de 8 mil pessoas, sendo mais de 4 mil delegados com direito a voto, eleitos em 1.808 universidades de todos os estados do país.
Como tantos outros gaúchos, Lúcia é filha de descendentes germânicos (seu pai é filho de uma índia bugra com um alemão). Ambos são médicos, sendo a mãe professora universitária da UFRGS e ex-militante, hoje sem vínculo com a política.
Lúcia tomou gosto pela coisa ainda praticamente criança, com 11 anos, levada pela mãe nas passeatas do Fora Collor em Porto Alegre. Filiada ao PCdoB, é amiga e ex-colega de faculdade da hoje deputada federal Manuela Dávila/RS. Com visível orgulho, ela se define como uma jovem socialista.
Ex-diretora de comunicação e relações internacionais da entidade, ela acumulou força política e ganhou reconhecimento a partir da sua destacada atuação representando a UNE na Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS). O musculoso fórum de entidades populares reúne as principais siglas do movimento social brasileiro, como MST, CUT e um grande número de sindicatos e entidades do movimento negro, de moradia, mulheres, entre outros.
Responsável pela interlocução da UNE com essas organizações, Lúcia se acostumou às densas negociações em que os movimentos buscam estabelecer consensos e plataformas comuns de atuação.
Até aí, nada demais, afinal, tanto os sem-terra como os sindicalistas da CUT querem mudanças na política econômica, são contra a retirada de direito dos trabalhadores, exigem a reforma agrária e a expansão da universidade pública como alavanca do desenvolvimento e da inclusão.
Mas as semelhanças dão um tempo por aí, já que Lúcia escapa completamente do estereótipo do militante. Ela não é “bicho grilo” e seu cantor predileto não é Geraldo Vandré, tampouco Chico Buarque. Além de jovem, bem articulada e bonita, tem atitude e um visual ousado até mesmo para os mais descolados. Com piercing no nariz e diversas tatuagens pelo corpo, Lúcia gosta mesmo é de punk rock (sua banda preferida é Ramones), rock gaúcho e música eletrônica. Daí não fica difícil imaginar a excentricidade da cena desta jovem em acalorados debates com a nata da esquerda militante brasileira.
Convicta, é contra a redução da maioridade penal e a favor da descriminalização das drogas leves. Irá lutar para que a UNE encampe uma grande campanha defendendo o direito da mulher sobre o seu corpo, leia-se, pelo direito ao aborto. Pretende aproveitar o fato de ser uma das pouquíssimas mulheres que chagaram à frente da entidade para colocar o dedo na ferida do machismo presente na política e, particularmente, no movimento estudantil. Não poupará esforços para introduzir no debate temas relativos às mulheres, como políticas públicas de planejamento familiar e assistência as mães-estudantes.
Como principais desafios da nova gestão, Lúcia aponta a necessidade de dar conseqüência à retomada do histórico terreno da Praia do Flamengo, com a construção do prédio projetado pelo arquiteto Oscar Niemayer. Sinaliza, ainda, a radicalização nas pressões por mudanças no país, mobilizando um número cada vez maior de estudantes para a lutas da UNE.
No campo educacional –carro chefe da entidade–, compromete-se a lutar pela aprovação do plano nacional de assistência estudantil e a regulamentação do ensino privado. A primeira grande atividade já está convocada: uma grande jornada de lutas que será realizada em agosto a partir da mobilização iniciada no Congresso da UNE. (Fonte: www.une.org.br)
Sua chapa, eleita com mais de 70% dos votos, obteve amplo apoio das forças políticas que disputam o movimento estudantil, com o compromisso de aprofundar a pressão para que o governo cumpra seus compromissos de campanha. O 50º Congresso da UNE aconteceu em Brasília, entre os dias 4 e 8 de julho, e reuniu cerca de 8 mil pessoas, sendo mais de 4 mil delegados com direito a voto, eleitos em 1.808 universidades de todos os estados do país.
Como tantos outros gaúchos, Lúcia é filha de descendentes germânicos (seu pai é filho de uma índia bugra com um alemão). Ambos são médicos, sendo a mãe professora universitária da UFRGS e ex-militante, hoje sem vínculo com a política.
Lúcia tomou gosto pela coisa ainda praticamente criança, com 11 anos, levada pela mãe nas passeatas do Fora Collor em Porto Alegre. Filiada ao PCdoB, é amiga e ex-colega de faculdade da hoje deputada federal Manuela Dávila/RS. Com visível orgulho, ela se define como uma jovem socialista.
Ex-diretora de comunicação e relações internacionais da entidade, ela acumulou força política e ganhou reconhecimento a partir da sua destacada atuação representando a UNE na Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS). O musculoso fórum de entidades populares reúne as principais siglas do movimento social brasileiro, como MST, CUT e um grande número de sindicatos e entidades do movimento negro, de moradia, mulheres, entre outros.
Responsável pela interlocução da UNE com essas organizações, Lúcia se acostumou às densas negociações em que os movimentos buscam estabelecer consensos e plataformas comuns de atuação.
Até aí, nada demais, afinal, tanto os sem-terra como os sindicalistas da CUT querem mudanças na política econômica, são contra a retirada de direito dos trabalhadores, exigem a reforma agrária e a expansão da universidade pública como alavanca do desenvolvimento e da inclusão.
Mas as semelhanças dão um tempo por aí, já que Lúcia escapa completamente do estereótipo do militante. Ela não é “bicho grilo” e seu cantor predileto não é Geraldo Vandré, tampouco Chico Buarque. Além de jovem, bem articulada e bonita, tem atitude e um visual ousado até mesmo para os mais descolados. Com piercing no nariz e diversas tatuagens pelo corpo, Lúcia gosta mesmo é de punk rock (sua banda preferida é Ramones), rock gaúcho e música eletrônica. Daí não fica difícil imaginar a excentricidade da cena desta jovem em acalorados debates com a nata da esquerda militante brasileira.
Convicta, é contra a redução da maioridade penal e a favor da descriminalização das drogas leves. Irá lutar para que a UNE encampe uma grande campanha defendendo o direito da mulher sobre o seu corpo, leia-se, pelo direito ao aborto. Pretende aproveitar o fato de ser uma das pouquíssimas mulheres que chagaram à frente da entidade para colocar o dedo na ferida do machismo presente na política e, particularmente, no movimento estudantil. Não poupará esforços para introduzir no debate temas relativos às mulheres, como políticas públicas de planejamento familiar e assistência as mães-estudantes.
Como principais desafios da nova gestão, Lúcia aponta a necessidade de dar conseqüência à retomada do histórico terreno da Praia do Flamengo, com a construção do prédio projetado pelo arquiteto Oscar Niemayer. Sinaliza, ainda, a radicalização nas pressões por mudanças no país, mobilizando um número cada vez maior de estudantes para a lutas da UNE.
No campo educacional –carro chefe da entidade–, compromete-se a lutar pela aprovação do plano nacional de assistência estudantil e a regulamentação do ensino privado. A primeira grande atividade já está convocada: uma grande jornada de lutas que será realizada em agosto a partir da mobilização iniciada no Congresso da UNE. (Fonte: www.une.org.br)
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