sexta-feira, 3 de agosto de 2007

MEC aprova Mestrado em Educação da Unisc

A Unisc teve recomendado, pelo Conselho Técnico Científico da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), mais um programa de pós-graduação. A Universidade passará a oferecer também o Mestrado em Educação.
A área de concentração do novo Mestrado é em Educação, com três linhas de pesquisa: Aprendizagem, Tecnologias e Linguagens na Educação; Educação, Trabalho e Emancipação e Identidade e Diferença na Educação. O curso terá duração de dois anos, divididos em oito trimestres. O primeiro ano destina- se ao cumprimento dos créditos nas disciplinas. O segundo, à elaboração da dissertação. O currículo terá um conjunto de disciplinas obrigatórias, que objetivam a formação de uma base epistemológica e o conhecimento dos aspectos teórico-metodológicos da pesquisa em Educação, específicos de cada linha.
O mestrado formará pesquisadores atentos à complexidade da sociedade contemporânea, preparados para enfrentar as dificuldades da produção do conhecimento na área da Educação. Além disso, profissionais abertos para desenvolver pesquisas e ações educativas de caráter emancipatório, capacitados para estabelecer o permanente convívio intercultural e democrático.
O Mestrado em Educação abrirá inscrições a partir do dia 10 de setembro. O curso oferecerá 20 vagas, anualmente. Mais informações poderão ser acessadas, em breve, no sítio www.unisc.br. Esse é o sexto programa de pós-graduação em nível de mestrado da Unisc recomendado pela Capes.
Linhas de Pesquisa
Aprendizagem, Tecnologias e Linguagens na Educação
Estudos da aprendizagem, das tecnologias e linguagens no campo da Educação. Transformações e repercussões da leitura- escrita, da experiência poética e da complexidade do par autonomia- rede na construção do conhecimento/sujeito. A aprendizagem como processo vital. Educação, imaginação, tecnologias e sentidos na invenção de si e do mundo: inseparabilidade do conhecer e do viver
Educação, Trabalho e Emancipação
Estudos sobre as relações entre trabalho e educação na perspectiva da emancipação humana e suas interfaces sociológicas e filosóficas, envolvendo o domínio da filosofia da ação e do conhecimento, bem como da história da ética e do pensamento utópico
Identidade e Diferença na Educação
Estudos sobre a produção da identidade-diferença no campo da Educação. Problematizações sobre a educação matemática, currículo e poder, identidade e etnicidade e inclusão das diferenças na formação docente e nos demais espaços educativos.

MCT, CNPq e Finep anunciam mais de R$ 400 milhões para pesquisas

Os recursos vão apoiar projetos na área de agricultura familiar, saúde, energia, TV digital, micro e pequenas empresas, sistemas estaduais de C,T&I, além de pesquisas em todas as áreas do conhecimento. A iniciativa marca o esforço do MCT em descentralizar as ações e ampliar os valores aplicados em programas estratégicos.
No total serão R$ 431 milhões, sendo R$ 331 milhões oriundos da Finep e R$ 100 milhões do CNPq. Durante a solenidade, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, disse que os recursos fazem parte de amplo plano do Governo Federal de apoio para a Ciência e Tecnologia.
Mais de 2.500 projetosO CNPq dispõe de R$ 100 milhões para atender aos projetos apoiados pelo Edital Universal, com inscrições abertas até 27 de setembro. Do total, R$ 60 milhões são recursos orçamentários do CNPq e R$ 40 milhões dos fundos setoriais, a serem aplicados em um período de dois anos.
Pelo menos 30% desse montante serão destinados a projetos coordenados por pesquisadores vinculados a instituições das regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste, uma vez que 40% dos recursos são dos fundos Setoriais do MCT.
O Edital Universal acrescenta uma inovação em 2007: três faixas de financiamento. São R$ 35 milhões para projetos de até R$ 20 mil (faixa A); R$ 35 milhões para propostas acima de R$ 20 mil e até 50 mil (faixa B); e R$ 30 milhões para projetos acima de R$ 50 mil a R$ 150 mil (faixa C).
Para o presidente do CNPq, Marco Antonio Zago, os recursos da edição de 2007 do Edital Universal representam o maior volume concedido neste tipo de chamada. “Esperamos atender mais de 2.500 propostas de pesquisa. Com a criação de faixas, abre-se a possibilidade de apoiar pesquisadores mais jovens que não concorrerão com os grupos consolidados, cuja tendência será solicitar recursos na maior faixa”, disse Zago.
As propostas devem ser enviadas a partir de 15 de agosto por meio do Formulário de Propostas Online, a ser disponibilizado na página do CNPq (www.cnpq.br), na Plataforma Carlos Chagas.
Os projetos no âmbito do Fundo Setorial de Petróleo e Gás Natural (CT-Petro) poderão ter financiamento de até R$ 300 mil, caso o proponente esteja vinculado a instituição sediada nas regiões Norte, Nordeste ou Centro-oeste.
Os projetos a serem apresentados ao CNPq devem estar claramente caracterizados como pesquisa científica, tecnológica ou de inovação e os proponentes deverão ter produção científica ou tecnológica relevante, nos últimos cinco anos, na área específica do projeto de pesquisa, além de doutorado, currículo cadastrado na Plataforma Lattes, vinculo formal com a instituição onde será desenvolvida a pesquisa entre outras.
Mais informações sobre o Edital podem ser acessadas a partir do dia 2 de agosto em www.cnpq.br. / Assessoria de Comunicação Social do MCT e do CNPq

MEC abre novas vagas para Fies neste ano

Com a finalidade de atender alunos de universidades particulares e com orçamento disponível em torno de R$ 150 milhões, o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) abre as inscrições aos estudantes no dia 27 de agosto. Para candidatar-se ao processo seletivo é preciso preencher ficha de inscrição na internet ( http://fies.caixa.gov.br ), imprimir o protocolo preenchido e entregá-lo na instituição de ensino pretendida. Os interessados têm até 28 de setembro para se candidatar. A relação dos alunos selecionados será publicada no dia 22 de outubro.
O estudante só poderá se inscrever se estiver regularmente matriculado em curso de graduação e a instituição de ensino estiver cadastrada no Fies. A lista das instituições credenciadas será divulgada até o início das inscrições. Os universitários inscritos e selecionados no programa terão 50% de suas mensalidades financiadas, sendo o benefício retroativo ao segundo semestre deste ano.
As instituições de ensino superior (IES) interessadas em participar do processo seletivo têm prazo de adesão fixado entre 1º e 10 de agosto. Como em 2006, os termos de adesão das mantenedoras de IES devem ser remetidos para a Caixa por meio de suas gerências de filial de Fundos e Seguros Sociais. A adesão somente será confirmada após a validação das informações e documentos apresentados junto ao Termo.

Seleção - A pontuação para classificar candidatos ao financiamento é baseada em critérios socioeconômicos. Ganham mais pontos, por exemplo, estudantes de famílias de baixa renda. A prioridade na pontuação é dada também aos candidatos que tenham cursado o ensino médio todo em escola da rede pública ou que ainda não possuam curso superior completo. Mais de uma pessoa da família estudando sem bolsa de estudo em instituições privadas de ensino superior ajuda na pontuação.

Juros - Para os contratos celebrados a partir de 1º de julho de 2006, a taxa de juros foi fixada entre 3,5% (para cursos de licenciatura, pedagogia, normal superior e cursos superiores de tecnologia) e 6,5% (para outros cursos) ao ano. Para os contratos do Fies celebrados antes de 1º de julho de 2006 aplica-se a taxa de 9% ao ano. (Fonte: http://fies.caixa.gov.br )

terça-feira, 31 de julho de 2007

Portal Inovação do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos / Ciência, Tecnologia e Inovação

O Portal Inovação está em fase de aperfeiçoamento. O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), o Instituto Stela e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) trabalham para tornar o ambiente virtual mais eficaz para cumprir a missão para a qual foi criado, em 2005: promover o encontro entre as empresas, que precisam de conhecimento para inovar e resolver problemas, e as universidades, que têm a produção de conhecimento como uma de suas tarefas principais. No próximo mês de outubro, o site atual ganha novo design, novas funcionalidades para a interação entre empresas e especialistas e, principalmente, uma expressiva ampliação das fontes de informação.
“Vamos integrar ao portal as bases de dados virtuais de doze instituições públicas e privadas comprometidas com a inovação”, diz Marcelo de Matos, engenheiro da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e consultor do CGEE, que participou da criação do portal, em 2005, e coordena agora o desenvolvimento da reformulação. “Se a solução para um problema apresentado por uma empresa estiver, por exemplo, na base de dados do Instituto Euvaldo Lodi, será possível chegar até ela sem sair do ambiente do Portal e vice versa”, explica ele. A decisão das instituições de cooperarem com o Portal aconteceu em uma reunião ocorrida no CGEE na terceira semana de julho.
Como ferramenta de governo eletrônico, o Portal Inovação começou a nascer em 2004, na gestão do Ministro Eduardo Campos. Sobre a base da dados da Plataforma Lattes – ferramenta desenvolvida pelo Instituto Stela para o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) -, a concepção inicial do portal visava mapear as competências técnico-científicas nacionais e facilitar às empresas o acesso a elas. A primeira fase do portal foi lançado em abril de 2005, com ambiente próprio para as empresas declararem suas demandas – com garantia de sigilo -, ferramenta de busca para localização de competências, espaço de interação entre empresa e especialistas. Em 2006, a ABDI integrou-se ao projeto, como gerenciadora do portal.
A nova faseHoje, o número de empresas registradas no portal chega a 2,5 mil – número considerado muito pequeno, frente ao universo de 15 milhões existentes no País. Com o aumento dos acessos – que virá com o novo design, as novas funcionalidades e com a integração entre os portais das diversas instituições e de suas base de dados – o Portal Inovação vai se transformar também em uma poderosa fonte de informações para a tomada de decisões em políticas públicas. “As demandas das empresas e a oferta de competência por parte das universidades ficam armazenadas no banco de dados do Portal. Com isso, poderemos fazer o levantamento do perfil das ofertas, das demandas e das competências. Vamos supor que apareça um excesso de demandas e uma baixa oferta de competência sobre determinado problema. A reflexão sobre as razões de um desequilíbrio pode desencadear ações governamentais para corrigí-lo”, raciocina Matos.
Entre os novos desenvolvimentos solicitados pelo CGEE ao Instituto Stela está a possibilidade de fazer recortes na base de dados. Um exemplo: usar as informações sobre demandas das empresas e ofertas de competências para montar quadros setoriais. Também será possível identificar demandas específicas das diversas regiões do País. “É um enorme conjunto de indicadores que podem ser acoplados a ações de governo”, diz o consultor.
O novo projeto também altera e melhora o ambiente para as empresas. “Quando a empresa abre sua página, vão aparecer informações como a lista das empresas que mais visitam o portal. Entre elas, pode estar uma concorrente, e essa é uma informação relevante”, afirma Matos, que já foi funcionário da área de desenvolvimento da Vale do Rio Doce. A plataforma também vai permitir cooperação entre empresas – para problemas comuns, uma solução pré-competitiva pode ser encontrada.
Outra novidade é a abertura do Portal a especialistas que não tenham currículos Lattes – uma forma de incorporar a competência de profissionais com experiência no setor privado. Com tudo isso e mais a nova “cara”, mais leve e mais atraente, a expectativa de todos é chegar a 150 mil empresas cadastradas em um ano. “O Portal Inovação precisa crescer para cumprir sua missão: ser um indutor do desenvolvimento, pela aproximação de dois de seus elementos fundamentais – capital e conhecimento –, criando, com isso, a possibilidade da inovação e do processo sustentado de geração de riquezas”, finaliza. (http://www.ccge.org.br/)

YouTube acadêmico

Agência FAPESP – Uma nova plataforma de gerenciamento e transmissão de vídeos, desenvolvida pela equipe do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), foi implantada na Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
A ferramenta, chamada de Vídeo@RNP, permite a distribuição gratuita de vídeos sobre atividades de ensino e pesquisa realizadas em todo o país. Os conteúdos multimídias podem ser inseridos e acessados pela internet a partir de ferramentas de armazenamento, busca, indexação e transmissão.
Antes de criar a plataforma, os pesquisadores envolvidos com o projeto fizeram um levantamento dos vídeos acadêmicos disponíveis na internet. "Em uma vista rápida a sites como o YouTube, é possível encontrar alunos de universidades brasileiras mostrando seus experimentos em laboratório", disse Regina Melo Silveira, coordenadora do Grupo de Trabalho de Gerência de Vídeo (GTGV) do Larc e responsável pelo desenvolvimento da plataforma, à Agência FAPESP.
"Esse tipo de vídeo não é produzido por diversão e sim para demonstrar resultados de pesquisas. Por isso, resolvemos criar uma ferramenta específica para tal tipo de divulgação", explicou a professora, destacando que o Vídeo@RNP foi inicialmente concebido para suprir as necessidades do setor acadêmico.
"Mas, até o fim do ano, pretendemos distribuí-lo como software livre para que fique à disposição e seja personalizado por qualquer instituição de ensino e pesquisa no país, pública ou privada", disse Regina.
Ao se cadastrar no sistema atual, que disponibiliza vídeos como palestras e documentários, além de permitir a transmissão ao vivo de eventos, o usuário pode personalizar um ambiente de acordo com suas necessidades. O sistema é dividido basicamente em vídeos públicos, que podem ser vistos por qualquer usuário, e vídeos privados, restritos a comunidades específicas de usuários cadastrados.
"Imagine um grupo de pesquisas em medicina que tem vídeos de operações médicas que não podem ser divulgados abertamente, por exemplo. Esses vídeos ficam em um ambiente voltado às pessoas que integram o grupo", explicou Regina.
Segundo a coordenadora do GTGV, o cadastramento de vídeos na plataforma é controlado. "Apesar de todos os vídeos poderem ser visualizados livremente, a RNP está em fase de criação de uma política de controle para a inserção dos vídeos na plataforma."
Ao todo, sete servidores estão disponíveis para gerenciar a distribuição dos vídeos e, segundo ela, a RNP deverá expandir essa infra-estrutura para mais de 20 servidores, "de modo que todos os pontos de presença da rede espalhados pelo território nacional tenham pelo menos um servidor de vídeo para essa finalidade".
O projeto dos servidores de transmissão é conduzido em parceria com docentes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O Vídeo@RNP também deverá ser personalizado, nos próximos meses, para o portal da USP, onde serão armazenados vídeos do acervo científico, educacional, cultural e histórico da Universidade. (Fonte: http://video.rnp.br/ )

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Universidade Estácio de Sá vai abrir o capital

A maior universidade do Brasil em número de alunos, a Estácio de Sá, está em processo de abertura de capital. É a terceira instituição de ensino superior do País a colocar ações à venda na Bolsa de Valores.A Estácio surgiu há 37 anos no Rio e tem 176 mil alunos - na Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, são 80 mil. Ontem, a instituição divulgou um anúncio ao mercado sobre o processo de abertura de capital. No início deste ano, ela se tornou uma organização com fins lucrativos, condição necessária para se habilitar a uma oferta pública de ações.
Mesmo com 55 campi, 39 deles no Rio, a universidade ainda não atuava em São Paulo. Neste mês, no entanto, a Estácio finalizará também um processo de compra do Centro Universitário Radial (UniRadial), na capital, que tem 10 mil alunos. Há informações, ainda não confirmadas pelas instituições, de que a Estácio teria pago R$ 60 milhões pela UniRadial.
São Paulo é a cidade com o maior mercado de ensino do País, com um grande número de alunos formados no ensino médio, clientela que pode servir de atrativo para potenciais investidores.

CAPITAL ESTRANGEIRO
O prospecto da abertura de capital mostra que a captação de recursos da universidade pode ser de mais de R$ 800 milhões. O processo está sendo analisado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão responsável pela regulação e controle desse tipo de operação. O processo deve se encerrar em setembro. Enquanto isso, as partes integrantes não podem se pronunciar. O texto fala em “esforços para colocação” das ações no exterior.No início do ano, a primeira instituição a abrir seu capital, a Anhanguera Educacional, teve 75% das ações compradas por investidores estrangeiros. Na semana passada, o grupo Pitágoras, de Minas, iniciou o mesmo processo. Atualmente não há limites legais para o investimento estrangeiro em universidades no País.
Segundo Ryon Braga, presidente da Hoper Educacional, uma consultoria da área de ensino superior, as ações da Estácio devem despertar mais o interesse de investidores internacionais do que de brasileiros. Isso porque, em outros países, pode ser considerado um bom negócio investir na maior universidade do Brasil.
Para Braga, os investidores nacionais, no entanto, têm mais consciência do mercado no País e não acreditam que haja uma demanda reprimida, com perspectivas de grande crescimento. “Isto é um engodo”, diz o consultor, comentando trechos do prospecto de abertura de capital da Estácio que fala em atender o público que ainda não está no ensino superior.
Atualmente, 11% da população brasileira de 18 a 24 anos cursa o ensino superior. Mas estudos mostram que o aumento desse índice depende do crescimento das vagas em universidades públicas, uma vez que muitos jovens não estudam por falta de dinheiro para pagar as mensalidades.
MERCADO NERVOSO
A Estácio de Sá, propriedade da família Uchôa Cavalcanti, se expandiu no País nos últimos anos com a oferta de cursos a baixo custo. São hoje 89 programas de graduação, cinco mestrados e apenas um doutorado, na área de Direito.
A média da mensalidade na instituição é de cerca de R$ 400. O site da Estácio informa que alunos que já foram avaliados pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), do Ministério da Educação, são dispensados do vestibular.
A instituição tem uma unidade desde 2002 em parceria com o jogador de futebol Ronaldo,chamado Campus R9. Lá, há um centro de fisioterapia e cursos de Educação Física e Nutrição,entre outros. Procurada pelo Estado, a universidade informou por meio de uma telefonista que passava por reestruturação e não poderia atender à imprensa. Empresários do ensino superior privado, principalmente do Rio, costumam reclamar da concorrência exercida pela instituição por oferecer preços “abaixo do mercado”. Em São Paulo, reclamações semelhantes já começaram em reação à entrada da Estácio no mercado paulista.“Tenho ressalvas com relação a essa expansão que pode levar ao ensino de massa, pasteurizado e que não tem a melhor qualidade”, diz o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Semesp), Hermes Figueiredo. “O mercado está nervoso. Esperamos para ver qual será o tipo de concorrência”, completa Figueiredo, que é também proprietário da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul). (Fonte: http://www.techne.com.br/noticias)

Grupo Pitágoras vai lançar ações para negociação na Bolsa de Valores

O grupo Pitágoras, de Minas, vai se tornar a segunda instituição de ensino do País a abrir capital na bolsa de valores. Ontem, a Kroton Educacional, empresa que administra o grupo, publicou um aviso ao mercado sobre o processo. O ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, é um dos donos do conglomerado que começou com um cursinho pré-vestibular nos anos 1960 e hoje tem mais de 190 mil alunos no Brasil e no Japão, em escolas e faculdades. A operação vai permitir a compra de ações por investidores estrangeiros.Em março, a Anhanguera Educacional, grupo do interior de São Paulo, foi a primeira a colocar suas ações na bolsa de valores. A captação foi de R$ 360 milhões, considerada um sucesso.
O dinheiro já foi usado para a compra de uma faculdade em Anápolis. Mais de 75% do capital aberto ficou nasmãos de investidores estrangeiros.Hoje, a legislação brasileira não limita a participação de estrangeiros em universidades ou outras instituições de ensino. O projeto de reforma universitária, proposto pelo Ministério da Educação (MEC) e que ainda não saiu do papel, previa limite de 30% para investimentos de fora. Há educadores que acreditam que a entrada do capital estrangeiro nas instituições pode dificultar o controle de qualidade dos cursos oferecidos. “Abrir o ensino pode ser muito perigoso”, diz a presidente do Núcleo de Pesquisas sobre Ensino Superior (Nupes) da Universidade de São Paulo (USP), Eunice Durhan.
Os envolvidos na operação não podem se pronunciar porque passam pelo período de silêncio do processo, exigido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O prospecto disponível no site da Kroton, no entanto, mostra que mais de 50% do capital poderá ser vendido. Dessa maneira, não haverá sócio majoritário e os acionistas poderão interferir igualmente na organização e decisões da empresa.O prospecto informa que o dinheiro captado será usado para abertura e implantação de novas unidades, aquisição de instituições de ensino superior, manutenção das unidades existentes e quitação de dívidas. O volume de recursos que pode ser captado é de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões.“Não há incompatibilidade de um processo desses com a melhoria de qualidade”, diz o educador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Abílio Baeta Neves. Segundo ele, a crescente concorrência no mercado do ensino superior privado e a crise financeira enfrentada por muitas instituições são as causas dessa busca por investimentos. Para o educador, esse dinheiro pode, sim, ser usado para a melhoria dos cursos oferecidos.
O Pitágoras se tornou conhecido também no País por vender apostilas com conteúdo e método pedagógico único para escolas particulares e públicas que queriam substituir o livro didático. (Fonte: http://www.pitagoras.com.br).

domingo, 29 de julho de 2007

Anhanguera Educacional compra Faculdades Atlântico Sul

Foi assinado na última sexta-feira, 20 de julho, o contrato que concretizou a aquisição das Faculdades Atlântico Sul pela empresa paulista Anhanguera Educacional. O vice-presidente Acadêmico da mantenedora, José Luiz Poli, esclareceu que a empresa pretende ampliar e investir na instituição. A escolha por Rio Grande e Pelotas já vinha sendo estudada há algum tempo. Conforme o vice-presidente, as duas cidades possuem grande potencial econômico e um bom número de escolas de Ensino Médio, o que pressupõe uma grande quantidade de estudantes. "Nós estávamos analisando se era necessário começar do zero, e montar uma nova faculdade na região, ou se íamos adquirir uma faculdade", explica. Inicialmente o objetivo é investir. Poli acredita que grandes bibliotecas e laboratórios bem equipados são essenciais para a formação completa do aluno, e pretende melhorar esses recursos. O segundo passo será trazer à instituição novos cursos de graduação, primeiramente, as Engenharias de Produção, Elétrica, Mecatrônica e Mecânica. O encaminhamento deve ocorrer até setembro, mas os cursos devem se iniciar somente no ano que vem. Após as engenharias, há o projeto de trazer cursos de tecnologia, a nível superior, que duram cerca de dois anos, como gestão de marketing, imobiliário, financeiro e recursos humanos; e os de rede de computadores, como análises de sistemas, que duram cerca de dois anos e meio. Neste semestre, haverá poucas mudanças. Segundo o diretor regional das faculdades, Jeferson Ortiz, eles darão continuidade aos projetos que estão em andamento na instituição, e irão manter os funcionários e professores. Até o fim de 2007, a Atlântico Sul deve abrir as graduações de Enfermagem e outras licenciaturas. "Nesse primeiro momento, nós precisamos somar as culturas da Anhanguera com a local. E adaptar a instituição à mantenedora", esclarece. Para iniciar, Poli está apresentando aos professores o "Programa Livro-Texto", que reúne os livros mais utilizados pelas universidades brasileiras e visa a incentivar a leitura. Dentro desse programa, são oferecidos aos alunos os livros que serão trabalhados em aula, por preços até 80% mais barato. O objetivo é que os estudantes tenham, no mínimo, um livro por matéria, explicou Poli. A Anhanguera Educacional pretende também proporcionar ao professores cursos de capacitação. Poli pretende trabalhar em um novo modelo, no qual o professor seja atuante na profissão, e possa aliar teoria e prática. "Claro que iremos trabalhar docentes que tenham especialização, mestrado ou doutorado. Porém, queremos um profissional que trabalha durante o dia e é professor à noite", esclarece. As mensalidades também serão mantidas, sendo ajustadas somente no ano que vem. De acordo com o vice-presidente acadêmico, o ajuste ocorre de acordo com base na inflação, com redução de 1% a 2%. Poli garante que aquisição irá gerar benefícios às comunidade do Rio Grande e Pelotas, gerando empregos e proporcionando qualidade de ensino. "As empresas que futuramente irão se instalar na região podem ter certeza que aqui encontrarão mão-de-obra qualificada". O ex-diretor, professor doutor Luiz Arthur Corrêa Dornelles, acredita que a aquisição das faculdades Atlântico Sul representa um avanço no ensino privado em Rio Grande e Pelotas, já que a empresa possui um comprometimento com a qualidade semelhante aos compromissos sociais da região. A transação, de acordo com ele, ocorreu porque, em abril do ano passado, foi realizado um pedido de recursos para o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), a fim de ampliar os espaços da instituição. "Como até abril deste ano não obtivemos respostas nem soluções, abrimos as negociações com a Anhanguera", afirma. Dornelles acredita que em 2008 a instituição vai abrir cerca de 3.300 vagas em Rio Grande e Pelotas, tornando-se a maior em termos de tamanho e qualidade.

A Empresa

A Anhanguera Educacional Participações S.A se tornou, em março deste ano, uma empresa de capital aberto na bolsa de valores, sendo a primeira instituição de Ensino Superior da América Latina a abrir seu capital e realizar sua oferta pública em ações. A mantenedora está presente em 18 cidades, com 23 unidades em São Paulo, Goiás e agora no Rio Grande do Sul. A aquisição foi realizada em uma transação entre a empresa e a antiga mantenedora, a Sociedade Educacional Noiva do Mar. Não foram divulgados os valores investidos no local. (Fonte: http://www.diariopopular.com.br)