segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Setor de TI: Sobram vagas, faltam profissionais

Novas tecnologias, novas oportunidades em todo o mundo. Mas para aproveitar essas chances é preciso preparo. Será que o Brasil está pronto para esse desafio? O desafio é vencer a falta de capacitação. São vagas de trabalho não preenchidas porque os candidatos não sabem falar inglês.
São muitas vagas e o que falta não é nem conhecimento em informática. Falta falar a língua que já se tornou universal: o inglês. Esse mercado tem crescido num ritmo dez vezes maior que a economia brasileira. O que obriga as empresas a investir tempo e dinheiro para dar aos empregados o que a rede de ensino não oferece.
Uma indústria diferente, sem máquinas nem barulho. A principal ferramenta é a inteligência: esta é uma fábrica de programas de computadores. Fábio tinha apenas o colegial quando entrou, há dois anos.
“As pessoas têm dúvida se vão ser médico, advogado. Eu sempre soube que era isso que eu queria”, conta.
Os programas de computadores, também chamados de softwares, estão espalhados por todos os lados e, muitas vezes, nem percebemos. Na hora de fazer uma ligação telefônica, por exemplo, um simples gesto aciona uma infinidade de códigos e caracteres de um programa que vai localizar um outro número de outra linha de telefone. Os softwares fazem parte cada vez mais do nosso dia a dia e é por isso que em todo mundo a área é considerada estratégica.
Bancos, comércio, indústria - todos precisam de softwares para funcionar. No mundo, esse mercado movimenta mais de R$ 1 trilhão por ano. Muitos trabalhos são feitos fora da fronteira dos principais países, como os da Europa, Estados Unidos e Japão.
A Índia é o principal fornecedor. Mas como a procura cresce em ritmo acelerado – 40% ao ano - o Brasil tem um grande espaço para conquistar.
“De hoje até 2010 nós precisamos preparar 100 mil profissionais, para que possamos exportar da ordem de US$ 5 bilhões, R$ 10 bilhões. Hoje exportamos US$ 1 bilhão, mais ou menos”, contabiliza o presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Sofwares e Serviços Antonio Carlos Gil.
Clientes não devem faltar. O grande problema para chegar lá é a mão-de-obra qualificada. Hoje as empresas do setor precisam de 20 mil trabalhadores e não encontram. Uma fábrica fechou dois contratos com bancos estrangeiros no mês passado. Conseguiu contratar 300 funcionários. Mas precisa de outros 500. E é difícil achar.
“O inglês é o maior obstáculo, tanto que estamos treinando 300 pessoas por uma e meia por dia, quatro dias por semana. O maior investimento é inglês”, conta o presidente da empresa Jair Ribeiro.
Em outra fábrica de softwares também sobram vagas. Os lugares para os novos funcionários já estão colocados.
“Mensalmente a gente gira em torno de 300 vagas em aberto, dentro da nossa empresa. Buscando no mercado incansavelmente mas não conseguimos preenche-las”, diz o diretor Antonio Claudio do Nascimento.
Juliane conseguiu estágio há quatro meses. O curso intermediário de inglês ajudou e muito. “Por enquanto eu só estudei em escola pública, mas agora que já tenho meu trabalho, meu salário, vai ficar mais fácil”, planeja.
“A alternativa é a gente se desenvolver, o mercado está pedindo, está crescendo 40% ao ano, então a gente tem que se mexer agora para fazer isso acontecer”, aponta o diretor da unidade de negócios Antonio Claudio do Nascimento.
A falta de profissionais que falem inglês nessa área de tecnologia é mesmo crítica. Uma das empresas mostradas na reportagem dá até bônus no salário para o empregado que indicar um amigo, caso ele seja contratado. (Fonte: http://www.brasscom.com.br)

Projeto que garante 30 dias de férias a estagiários é aprovado no Senado

O Senado aprovou na manhã desta terça-feira (6/11) substitutivo ao projeto de lei (PLS 473/03) que regulamenta o estágio de estudantes de instituições de educação superior, educação profissional, ensino médio, educação especial e de jovens e adultos. O texto, que segue agora para votação na Câmara, garante férias de 30 dias nos estágios com duração igual ou superior a um ano.
Segundo informações da Agência Senado, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), relatora na Comissão de Assuntos Sociais, espera que o projeto seja sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o dia 7 de dezembro, quando a "obsoleta" lei de estágio em vigor completa 30 anos. O entendimento foi firmado pelos senadores resultou na rejeição ao projeto de lei da Câmara (PLC 44/07), de iniciativa da Presidência da República, que tramitava em conjunto com o PLS 473/03, de autoria do senador Osmar Dias (PDT-PR).
De acordo com o substitutivo, que também incorporou emendas de plenário, o estágio poderá ser ou não obrigatório, mas não cria vínculo empregatício. A instituição concedente do estágio deverá oferecer seguro contra acidentes pessoais ao estagiário, obrigado a apresentar relatórios semestrais dessa atividade. Além de órgãos públicos e empresas privadas, poderão contratar estagiários profissionais liberais de nível superior registrados no respectivo conselho profissional.
A jornada de estágio será de quatro horas diárias e 20 horas semanais no caso de estudantes de educação especial e de educação de jovens e adultos. Para os estudantes do ensino superior, da educação profissional e do ensino médio, foi estipulada carga horária de seis horas diárias e 30 horas semanais. A duração máxima do estágio na mesma empresa será de dois anos (exceto para estagiário com deficiência).

domingo, 11 de novembro de 2007

Seminário sobre Reforma Tributária e o Pacto Federativo

Na última sexta-feira (09 de novembro), o ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, participou do Seminário sobre Reforma Tributária e o Pacto Federativo na IMED, em Passo Fundo. Em sua palestra, Rigotto explanou sobre a falta de definição de competências entre união, estados e municípios brasileiros, e sobre os encaminhamentos de propostas de reforma tributária, desde o governo Fernando Henrique Cardoso.
Germano Rigotto afirmou que na Constituição de 1988, havia menos tributos, mas ao passar dos anos e dos governos, foram criando novos impostos. Em sua opinião “o maior problema do sistema tributário nacional é a grande quantidade de tributação que recai sobre o consumo”. A reforma tributária facilitaria o pacto federativo, realizando as mudanças estruturais que o país precisa. ”Sem isso, o dinheiro público vai continuar passeando da União para os estados e municípios, se perdendo pelo caminho e dando margem à corrupção, ao fisiologismo e ao clientelismo”, conclui.
O debate trouxe vários pontos de vista sobre o tema: do setor empresarial, dos trabalhadores, da esfera do governo federal, e por isso, evocou elementos que contribuem para formação de opinião em torno do assunto. Segundo o coordenador do curso de Gestão Pública da IMED, Jandir Pauli, “é tarefa do curso estar sintonizado com os debates das comunidades regional e nacional”.
O seminário foi uma realização do Curso de Gestão Pública da IMED em parceria com a FAMURS (Federação dos Municípios do RS) e ACISA (Associação da Indústria, Comércio e Serviços Agropecuários de Passo Fundo). Participaram do encontro, ao lado de Rigotto, o Presidente da FAMURS, Flavio Lammel, o deputado federal do PT, Marco Maia, o presidente da CUT/RS, Celso Woyciechowski, o representante da ACISA, Zílio Pavan, e o professor da IMED, Dr. Vilmar Boff.

Revista Brasileira de Pós-graduação recebe colaborações

A Revista Brasileira de Pós-Graduação (RBPG), editada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), recebe artigos científicos para sua edição nº 9, até o próximo dia 18 deste mês.
Além da pós-graduação, os trabalhos poderão abordar temas relacionados às áreas de educação superior, ciência e tecnologia, e cooperação internacional. As colaborações podem ser enviadas por autores brasileiros ou estrangeiros. Os trabalhos devem ser inéditos, em forma de estudos e pesquisas de caráter acadêmico-científico, opiniões, ou experiências inovadoras. Para mais informações acesse aqui (www.capes.gov.br)

Cursos a distância: mudanças na avaliação

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) já dispõe de novos instrumentos de avaliação para a educação superior a distância. Com eles, o instituto estará apto a fazer o credenciamento de instituições para a oferta dessa modalidade de ensino e de pólos de apoio presencial, além de autorizar cursos.
O Inep desenvolveu os instrumentos de avaliação a partir dos referenciais de qualidade, objeto de consulta pública em agosto, determinados pela Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC). Foram estabelecidos critérios para avaliar desde a gestão dos cursos até a formação dos professores e instalações físicas das instituições.
Com o crescimento do número de instituições que ofertam cursos a distância, a regulação, segundo o secretário de educação a distância, Carlos Eduardo Bielschowsky, deve promover a qualidade. “O MEC não está fechado em um único modelo de educação a distância, mas propõe diretrizes”, diz. A regulamentação proposta considera a necessidade da existência de aulas presenciais obrigatórias na formação dos alunos, com pólos de apoio.
Os instrumentos de avaliação, homologados pelas portarias nº 1.047 , nº 1.050 e nº 1.051 estabelecem um conjunto de regras sistêmicas e marcam um novo e importante momento no processo de avaliação da educação superior brasileira ofertada na modalidade a distância. Sua utilização é indispensável para os avaliadores das instituições de educação superior, dos pólos de apoio presencial e dos cursos superiores. (Fonte: www.mec.gov.br)